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Controle Populacional
Um dos maiores problemas que vivenciamos atualmente em relação à cães e gatos de estimação é o abandono e os maus tratos. Este problema vem sendo agravado pelo crescente aumento populacional, tanto dos animais de rua quanto daqueles que possuem um lar, mas cujos guardiões não praticam a guarda responsável e acabam submetendo seus pets a cruzamentos totalmente desnecessários, gerando mais e mais animais. Mas quais seriam as soluções para este problema que vem causando cada vez mais sofrimento para milhares de cães e gatos do Brasil inteiro?
Uma das soluções viáveis que poderia amenizar este problema seria a castração de cães e gatos, evitando assim que estes animais continuassem a se reproduzir e conseqüentemente gerar mais abandono. Porém, apenas castrar não basta. É preciso antes de tudo educar. Educar a comunidade para a guarda responsável e para a necessidade de evitar que seus animais cruzem indiscriminadamente. Pois os resultados das famosas “cruzas de fundo de quintal” são desastrosos. A cada ano nascem milhares de cães e gatos provenientes destes cruzamentos, realizados sem critério algum e gerando animais sem raça definida, fora dos padrões físicos e comportamentais, doentes, com alterações genéticas e uma série de outros problemas. Muitos são abandonados à própria sorte nas ruas ainda filhotes ou morrem antes de conseguir um lar responsável. Os poucos que conseguem adotantes, raramente são entregues castrados, e acabam reproduzindo-se e gerando mais animais, alimentando ainda mais a realidade do abandono que parece não ter fim.
A educação para a guarda responsável e para a necessidade da castração de animais de estimação de companhia se faz então, cada vez mais urgente. O esclarecimento acerca deste procedimento, mostrando que a castração vai além do controle populacional, garantindo mais saúde para o animal e tranqüilidade para o guardião é de extrema importância. Muitos guardiões relutam em castrar seus pets por inúmeros motivos, que vão desde o desconhecimento total em relação ao procedimento e suas implicações até pelo não apoio governamental, como a falta de opções de castrações gratuitas ou a preços reduzidos.
Além disso, ainda temos os famosos mitos envolvendo o termo “castração”, o que constitui também uma barreira para a adesão de muitos guardiões, entre eles:
- Meu animal ficará gordo e apático;
- Meu gato perderá a masculinidade;
- Minha gata precisa ter pelo menos uma cria, para que não desenvolva câncer ao longo de sua vida;
- Machos ficam mais calmos após cruzar;
- Animais têm necessidade de cruzar;
- Gatas sentem necessidade de serem mães, e sofrem se não tiverem ao menos uma cria;
- É da natureza do animal reproduzir-se, e não devemos interferir.
Como podemos ver, estes são apenas alguns dos vários mitos existentes, os quais precisam ser trabalhados com cuidado e aos poucos esclarecidos para que a população consiga enxergar os reais benefícios da castração. Gatos castrados não ficam gordos e apáticos, e sim mais tranqüilos e educados. Tendem a ter uma vida mais pacata, portanto, necessitam de alguns cuidados extras com alimentação e exercícios regulares, mas nada além disso. Os machos não perdem masculinidade, ao contrário; tornam-se menos ansiosos e desesperados diante de uma fêmea no cio e menos agressivos com outros machos, tornando os passeios e a convivência com outros animais bem mais tranqüila e se castrados antes da puberdade, não demarcam território. As fêmeas não têm necessidade de cruzar para evitar câncer; ao contrário, a castração antes do primeiro cio reduz significativamente as chances de tumores mamários, e elimina a chance de tumores de útero, ovários e piometria (infecção uterina que pode levar a morte cujo tratamento é emergencial e cirúrgico) a zero. Animais não possuem necessidade de cruzar, cruzam apenas por instinto a fim de perpetuarem a espécie, portanto, gatas não sofrem por não serem mães e gatos não sofrem por não serem pais, o que torna totalmente desnecessário o cruzamento e a conseqüente prenhêz.
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